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Título: O Triunfo dos Porcos

Autor: George Orwell

Editora: Leya D. Quixote

 

Resumo da obra (sem o desenlace):

A história começa quando Major, um porco velho, antes de morrer, reúne os animais que moram com ele na quinta Manor, para lhes revelar o seu sonho de uma revolução, onde todos viveriam sem a opressão dos humanos. Ele acreditava que que os animais eram todos iguais e capazes de conviver entre si de forma harmoniosa, cada um desempenhando o seu papel e ajudando os seus companheiros.

Liderados pelos porcos, fazem uma revolução e conseguem expulsar o senhor Jones, o proprietário da quinta, passando a administrá-la. Depois, implantam o “Animalismo”, criando mandamentos a serem seguidos pelos animais.

Durante algum tempo, tudo funcionou bem, uma vez que os homens já não os exploravam, nem eram privados de comida e boas condições. Porém, os porcos, considerados superiores pelos outros animais e até por eles mesmos, são tomados pela ambição e passam a desejar mais poder do que já tinham. Começam a usar os mandamentos de forma a serem privilegiados, justificando sempre que essa necessidade era proveniente do trabalho intelectual que executavam.

Com o argumento de que estavam sempre a pensar no bem-estar dos outros, os porcos com muita astúcia e subtileza, distorcem a ideia inicial da Revolução, de que todos eram iguais, assumindo a mesma postura dos humanos.

As outras personagens são os restantes animais da quinta, mais distraídos. Eram manipulados e agiam como se não notassem as mudanças que estavam a acontecer no seu dia-a-dia.

Breve apreciação crítica à obra:

Este livro retrata o poder, que permite perceber como funciona a relação entre a sociedade e o seu governo, até mesmo nos dias atuais. Aborda temas como as fraquezas humanas, a revolução, o totalitarismo, a manipulação política, entre outros. O escritor, para fazer um retrato da humanidade, utiliza animais. De certo modo, a inteligência política, que humaniza os animais no livro, é a mesma que animaliza os homens na vida real.

A linguagem utilizada por Orwell é fácil, tornando a leitura acessível para pessoas de diferentes faixas etárias, pois os argumentos políticos e morais são escritos numa linguagem fácil e até com humor.

O livro foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial e publicado em 1945. É uma dura crítica à Revolução Russa de 1917, à sua burocratização e sua transformação em ditadura. Não é um ataque ao socialismo em si, mas, sim, ao totalitarismo. O livro é uma crítica aos movimentos comunistas que, apesar de pregarem a igualdade, foram completamente distorcidos ao se revelarem ditaduras cruéis que favoreciam poucos em detrimento de muitos.

Esta obra permite aprender sobre a história da Rússia e da União Soviética, pois faz uma releitura sobre as figuras históricas, como podemos perceber nas personagens criadas pelo escritor. Como exemplos, temos o Major (Karl Marx), Napoleão (que seria Stálin), o Snowball (como Trotsky), o Squealer (Molotov), bem como os cães (KGB), entre outros.

O escritor, para fazer um retrato da humanidade, utiliza animais. De certo modo, a inteligência política, que humaniza os animais no livro, é a mesma que animaliza os homens na vida real.

Apesar de escrito há 77 anos, e tendo em conta os últimos acontecimentos entre a Ucrânia e a Rússia, podemos compreender que a história se repete, na sua pior forma.

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Tomás Tocha, 9.º E

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