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O projeto Quark

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Viver o projeto Quark

Raquel Vitorino Vieira, 12°A

Quark é uma das partículas subatómicas mais conhecidas, no entanto, para mim, Quark é uma escola na Universidade de Coimbra a qual tenho a possibilidade de frequentar.

Tudo teve início quando aceitei a proposta da Professora Laura Pinto para participar nas Olimpíadas da Física. Sem saber o que esperar, foi-me dito para procurar o Professor Luís Rosário o qual, entre testes, treinos e horários claustrofóbicos do 11° ano, me ajudou na preparação para as mesmas. Foi também aí que conheci duas colegas, a Madalena e a Nichola, que estiveram presentes durante toda a primeira parte deste projeto. Foram também elas que me acompanharam na primeira prova, onde me deparei, pela primeira vez, com perguntas invulgares sobre conceitos que, para mim, eram desconhecidos, mas tudo correu bem e fui destacada com uma menção honrosa que me garantiu um lugar na segunda fase. 

A fase nacional já foi mais assustadora, primeiro porque se realizou na Figueira da Foz, num sábado de manhã, o que implicava que eu lá pernoitasse desde sexta-feira; segundo, porque não conhecia ninguém e, terceiro, porque continuava sem saber o que esperar tanto em termos de dificuldade como em termos de concorrência. Felizmente todos os meus receios se foram dissipando, pois, ainda em Lisboa, conheci o grupo dos Açores que me recebeu de braços abertos e me acolheu até ao fim da viagem. Em seguida, fiquei num hotel com ótimas instalações e um pequeno almoço ainda mais proveitoso. Por fim, a dificuldade assim como a concorrência foram bastante desafiantes, contudo consegui novamente uma menção honrosa, isto é, um lugar entre os dez primeiros, que me garantiu o ingresso na escola Quark no presente ano.

Assim, após uma longa espera por mais informações, finalmente entraram em contacto comigo sobre como se iria realizar o projeto. O mesmo resume-se a cinco sessões durante as quais nós, os participantes, assistimos a palestras sobre os mais variados temas desde eletromagnetismo, termodinâmica e até relatividade restrita num nível equiparado ao ensino superior, não apenas com a finalidade de enriquecer o nosso conhecimento como também para nos preparar para a muito temida prova de fogo na qual se distinguirá quem serão os nove portugueses a participar nas Olimpíadas Internacionais da Física ou nas Ibero-americanas.

Mergulhar neste universo da física clássica só nos é possível devido aos incríveis docentes, que são por norma figuras de grande destaque nesta área, que tornam todos os temas mais interessantes e mais leves devido ao incansável carinho e emoção com que nos ensinam. Deste modo, vemo-los verdadeiramente como exemplos pela sua energia positiva, disponibilidade e pelos seus excelsos percursos profissionais.

Claro que todo este desafio não seria suportável sem os amigos que fiz no decorrer do mesmo. Eles marcaram-me imenso e fizeram-me sentir como parte de um corpo que em conjunto se move para alcançar um mesmo objetivo, o que me motivou imenso para ir mais além nos estudos e me trouxe vontade para persistir nos momentos mais difíceis.

Estou agora na última parte do projeto, faltam-me duas sessões para a prova de fogo e posso apenas afirmar que estou curiosa com o que me espera. Adoraria voltar a passar de fase e poder participar numa das provas internacionais, mas, se vou conseguir ou não, é um segredo que continua guardado pelo tempo e para o qual me posso apenas preparar para quando tiver de lutar pelo seu desfecho.

Em suma, este projeto é uma grande oportunidade que marcou a minha vida de diversos modos e serviu como uma pequena luz que me ajudou a olhar para o futuro com esperança e mais confiança sobre aquilo que procuro para mim. Sinto-me grata por poder participar neste projeto que me trouxe inúmeros momentos de alegria e espero que todos os que têm estas oportunidades continuem a deixar que as mesmas os enriqueçam. Viver  o Projeto QUARK

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