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A rebelião

Maria Aires Barros, 9.ºA

Vivemos trancados, silenciados e censurados. Pelo menos é isso que os rebeldes dizem. Se me tivessem perguntado se eu concordava ou discordava dessa afirmação há uns dias, provavelmente diria que essas ideias eram ridículas e que as regras tinham de ser cumpridas. Mas, agora, neste preciso momento em que o meu pai, o meu bondoso, paciente e astuto pai, está a ser levado para longe de mim, apenas por causa de uma entrevista dada no jornal local, não podia concordar mais.

Tenho de fazer algo, mudar algo para o bem de todos que habitam o meu país e estão cansados deste regime injusto e controlador. Vou até à universidade, onde a maioria dos rebeldes se encontra, vou juntar-me a eles e lutar pela liberdade. Aceitam-me no grupo depois de verificarem algumas informações a meu respeito para garantir que não faço parte do governo de forma alguma. 

Depois de meses a planear uma revolta em massa, conseguimos um plano satisfatório, vamos invadir o município com as forças armadas ao nosso lado e forçar o governo a renunciar ao poder absoluto e a criar eleições justas.

Depois de várias manifestações, algumas delas menos pacíficas do que o esperado, somos vitoriosos. As ruas estão cheias de habitantes e ouvem-se risos, choros de felicidade e até os abraços consigo ouvir. O ambiente é alegre e, de certa forma, confortável, porém o cheiro da pólvora permanece no ar.

Reencontro o meu pai e a felicidade que sinto é imensa, mas não me consigo esquecer dos tiros que dei nem das ameaças que fiz. Será que sou mesmo um herói? Talvez ninguém o seja totalmente.

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