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Artigos

A cegueira

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Artigo de opinião

António Abreu, 11.ºD

Na obra Sermão de Santo António, de Padre António Vieira, podem ser identificadas várias críticas sociais, dirigidas aos homens que o rodeavam. Tais críticas podem ser transpostas para os dias de hoje.

A cegueira é, de facto, uma das grandes ruínas deste mundo. Não me refiro à cegueira no seu sentido literal, mas sim à ignorância que a sociedade demonstra, quando deparada com certas realidades ou temas. Decerto, existem variadas situações nas quais o homem demonstra tal cegueira, que abala o mundo em que vivemos.

A situação da guerra na Palestina na qual morrem milhares de pessoas todos os dias é disso exemplo. Este é um dos casos correntes que mostra a cegueira, neste caso, desempenhada por ambos os participantes nesta guerra. Crianças a morrer vítimas de bombardeamentos injustos contra comunidades inocentes. Poucas reportagens são feitas a respeito dessa realidade.

Outro exemplo da cegueira, desta vez mais universalizada, é a aquela que o homem tem para com a poluição que produz diariamente. Deitamos lixo para o chão, para os mares e para os ares, usamos e abusamos de combustíveis fósseis, etc. e ninguém parece muito importado com isso, a não ser os ativistas, evidentemente.

No entanto, há alturas em que o homem tem empatia e mostra querer saber da sua humanidade. Os próprios ativistas são um exemplo. O voluntariado também se mostra rotulado como sendo importante.

Em suma, o homem é “cego” na grande maioria das circunstâncias, a meu ver. Acredito que, se depender da maioria, nunca abriremos os olhos. Porém, penso que somos salvos pela humanidade que resta. Há, ainda, bastantes pessoas conscientes.

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